O Novo Normal na Educação

Por Miriam Barcellos

O “novo normal” , expressão que vem sendo usada em várias áreas, desde hábitos alimentares passando pela economia e finanças atinge, também, a educação onde a pandemia afetou a população estudantil no mundo todo. 

Assim como no mercado de trabalho, as escolas aceleraram a digitalização e a adoção de novas tecnologias de ensino. Nesse contexto, os professores - que sempre tiveram papel de agente transformador - mais uma vez tiveram sua atuação dirigida a um novo patamar de conduta.

Os estudantes que em muitas escolas já se conectavam com inovações tecnológicas não são mais “consumidores de fatos”. Eles têm papel ativo no próprio conhecimento cabendo aos professores ajudá-los nessa construção. Nesse sentido, ambos os lados necessitam de novos aprendizados. Aprender a aprender - ou lifelong learning - é um dos grandes desafios. No estudo “The Future of Jobs” realizado pelo Fórum Econômico Mundial prevê-se que 65% dos alunos de séries iniciais de hoje atuarão em uma profissão que ainda não existe!

Professores da Nova Escola selecionaram nove itens que foram marcantes e que expressam o aprendizado da passagem do ensino presencial para o remoto. Compartilho aqui para relembrarmos sua importância:

  1.  Sempre é tempo de aprender - mesmo sem conhecer em profundidade a tecnologia especializada, alguns professores desenvolveram aplicativos para facilitar o acesso a internet, seja de alunos, ou para dar suporte aos familiares. 
  2.  Ter iniciativa, independente de terceiros - a capacidade de ir além dos próprios limites é decisão única e exclusivamente pessoal.
  3.  Se adaptar à realidade da comunidade - cada grupo social possui peculiaridades que o professor precisa conhecer para poder apoiar as necessidades básicas. 
  4.  O papel também pode ser inovador - houve casos em que o material didático foi impresso e distribuído usando, como suporte, o supermercado do bairro.
  5.  Aula virtual não é sinônimo de qualidade - o apoio da tecnologia não substitui a criatividade do professor para engajar os alunos.
  6.  Para cuidar do outro, é preciso antes cuidar de si - é preciso estar atento à própria sanidade, principalmente a emocional.
  7.  Estar perto não é físico - a atenção às necessidades de cada aluno independe de aula presencial ou remota
  8.  Valorizar a troca com os alunos em sala de aula - é importante a percepção de que tanto professor como alunos entre si estão aprendendo juntos.
  9.  As adversidades podem ser convites a novos aprendizados - são como instrumentos de estímulo. A superação promove inclusive expansão da auto-estima. 
Acompanhando os professores do Eniac, seja os das diferentes faculdades, ou os do Ensino Fundamental, foi possível observar o empenho, dedicação e agilidade na passagem para o ensino remoto.  

Agora, no ensino superior com a volta às aulas presenciais para os que assim desejarem, o mesmo se verifica: cuidados especiais em todos aspectos. Professores universitários continuam desenvolvendo projetos e aplicativos, mantiveram contatos com diversas instituições apresentando trabalhos pessoais e/ou de seus alunos. 

Os do Ensino Fundamental se esmeraram aprimorando continuamente seus conhecimentos, inclusive habilidades emocionais. Acompanharam os alunos, muitas vezes de forma individualizada, dando atenção às necessidades particulares.

 O “novo normal” atingiu, mais uma vez, novo patamar de excelência

Parabéns à direção do Eniac e aos seus brilhantes e incansáveis professores!

              #orgulhodesereniac

 

Tags: Educação Infantil, Faculdade, Educação, Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, NUPE

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