Que tal aprimorar sua condição de saúde emocional?

Por Miriam Barcellos

Existe um belo texto do escritor Rubem Alves no qual descreve a tristeza de uma concha, em meio a outras mais felizes. Só que ao final, verifica-se que essa dor, provocada pela intromissão de um grão de areia, é a responsável pela formação de uma pérola preciosa. 

Essa analogia foi a introdução de uma “conversa” on-line e da qual participei, que aconteceu no dia 5 de abril, entre Karina Delgado e a Escola da Inteligência, com mais de 40 participantes. Foi promovida pela diretora Éricka Scarlassare, pelo prof. Caio Fernando,  coordenador do Ensino Médio, e pela prof. Andressa Ruiz, coordenadora do Ensino Fundamental.  

A psicóloga Karina continuou falando do difícil equilíbrio entre nossa resiliência e a responsabilidade individual. Estamos todos vivendo um “fast food emocional” onde o excesso de informações provoca, além da sensação do tempo acelerado, uma maior dificuldade de equilibrar o meio ambiente onde vivemos e nosso corpo. Essa relação é a responsável pela nossa saúde, e é muito comum somatizarmos o estresse, sobremaneira na forma de ansiedade e outros tantos males.

Nesse sentido, cabe a cada um não nos sobrecarregarmos com:  culpas, pensamentos de auto-críticas, vontade de reagir imediatamente às interações, entre outras cargas que podem nos abalar. Estas, por exemplo, aparecem sob a forma de pensamentos insistentes - ditos "negativos'' - devido à nossa  herança genética, ou circunstanciais por estarmos convivendo com alguma perda, ou uma dificuldade momentânea. 

Existe ainda, conforme ela cita, nesses tempos excessivamente tecnológicos, um fato adicional, a    fadiga de zoom, e que já foi inclusive assunto de blogue.  Clique aqui para reler:fadiga de zoom

Karina deu algumas dicas preciosas para gerenciarmos nosso estresse emocional a que todos nós estamos sendo submetidos nessa verdadeira tempestade de areia, seguindo a analogia das conchas: 

  • saber procurar ajuda - a amigos, familiares, ou a colegas de trabalho. Não é necessário chegar ao limite de uma crise para solicitar apoio. Podemos nos antecipar, e aí é que entra a necessidade de, permanentemente, nos autoconhecer;
  • separar um tempo, bem como um espaço, por menor que seja, para destinar ao nosso próprio cuidado. Ler um livro de elevado propósito, fazer uma oração de agradecimento antes de dormir e ao despertar, fazer listas de objetivos mais exequíveis são alguns exemplos a que podemos nos dedicar no nosso “cantinho”;
  • dar uma pausa ( silêncio proativo) antes de reagir nas conversas onde estiver envolvido. Automaticamente, tendemos a querer logo responder e ter a última palavra, ou de acordo com o uso corrente, “cancelar” a pessoa. Antes, é bom adquirir o hábito de exercitar o poder do feedback. Em qualquer desacordo, não importa com quem, é saudável expressar nossa posição numa conversa, ou mesmo mensagem, de forma cortês e amistosa.

Todas as dicas citadas são estratégias que, conforme salientou ao final do encontro a prof. Andressa, são nossas conhecidas de longa data. A questão é nos lembrarmos na correria do dia a dia. E aí, cada qual tem que inventar um recurso próprio que funcione como seu “despertador” e que vai permitir descobrir as pérolas!

Karina Delgado fez também uma palestra para os pais, no dia seguinte, o que será extremamente benéfico para aprimorar o equilíbrio das relações entre crianças e jovens e seus  familiares.

Parabéns à Escola da Inteligência pela iniciativa, por proporcionar momentos de reflexão e de nutrição emocional àqueles que se dedicam à Educação no Eniac.

 #orgulhodesereniac

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