X Seminário Étnico-Racial debate as questões sobre a Inclusão Digital

Por Núcleo de Pesquisa Eniac

A tecnologia tem feito, cada vez mais, parte do dia a dia do brasileiro. As dificuldades e necessidades que as pessoas têm para conseguir manuseá-la da forma mais adequada tendem a ficar escancaradas e podem impactar diretamente na capacitação para o mercado de trabalho, para os estudos e, até mesmo, no pleno convívio em uma sociedade cada vez mais conectada.

No X Seminário Internacional de Integração Étnico-Racial, o eixo da Inclusão Digital traz à tona o debate sobre o que é e como se dá tal inclusão frente às relações étnico-raciais.

A inclusão digital está diretamente relacionada ao estar inserido digitalmente, ou seja, obter acesso à tecnologia alimentada por uma rede com qualidade mínima para exercer as funções básicas do aparato tecnológico em uso.

Ao aliarmos o conceito de inclusão digital às necessidades e debates que permeiam as relações étnico-raciais, além do período de pandemia que vivenciamos, ter acesso à internet se tornou algo ainda mais essencial para a população: por um lado, soma-se agilidade nas informações, na comunicação, no trabalho em home office, na educação à distância e afins; por outro, aqueles que não tinham um sinal de internet disponível, mesmo que fraco, sentiram o isolamento e as consequências da não convivência em um mundo globalizado de forma mais brusca.

Segundo o IBGE (2021), 12,6 milhões de domicílios não tinham acesso à internet e, deste total, 26,2% não têm acesso à rede e às ferramentas digitais por considerarem o custo alto. 

Se o custo no bolso do brasileiro é um fator que impacta na hora de decidir comprar um plano de internet, por outro lado a falta de capacitação tecnológica também pesa. De acordo com a mesma pesquisa, 25,7% afirmaram não possuir habilidades suficientes para usufruírem da internet, ou seja, consideram-se inaptas a operar qualquer aparelho que se conecte à internet e dependem de outras pessoas para terem acesso ao mundo digital.

Em contrapartida, o programa Computador para Todos, lançado em 2003 pelo Governo Federal, oferece a oportunidade de pessoas de baixa renda adquirirem um computador ou notebook com desconto por meio de um financiamento sem a cobrança de juros.

Enfim, incluir digitalmente não é dar um celular a alguém, mas sim prover as condições para o indivíduo estar capacitado para atuar de forma independente no mundo digital.

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